Convidamos a tod@s para participar do encontro com a escritora Érika Balbino e o ilistrador Alexandre Keto, que irão falar sobre o processo de criação de seu livro :
Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar .
DIA :
07/06/2014, sábado
HORÁRIO
: 15h
LOCAL
: Biblioteca Pública Monteiro Lobato
Endereço
: Av. Marechal Rondon, 260 – Centro de Osasco
A obra estará sendo comercializada por R$
49,00 – livro + cd + QRcode que
pode ser acessado por qualquer smartphone e permite ouvir todas as músicas do CD.
I -
Sobre a obra e a autora :
Num
tronco de Iroko vi a Iúna cantar
, Erika Balbino revela a força da cultura africana em uma de suas manifestações
mais populares ao narrar com maestria o encantamento e o deslumbramento dos
protagonistas meninos ao desvendarem os poderes e os mistérios da capoeira, e
de como essa prática tem o poder de falar com todas as pessoas. Uma luta, uma
dança, um jogo, uma arte.
Ariokô, o
ser irracional que os meninos irão combater, deseja usá-la como arma de sua
vaidade, que funciona como uma cortina negra não o deixando perceber o poder
acolhedor da capoeira, bem como todo o mal que a vaidade dos homens causa a Mãe
Terra.
Erika Balbino
Nasceu na cidade de São Paulo. Formou-se em Cinema com
especialização em Roteiro na Fundação Álvares Penteado (Faap) e é pós-graduada
em Mídia, Informação e Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre
Cultura e Comunicação (Celacc) da Universidade de São Paulo (USP). Além de seu
envolvimento com cultura afro-brasileira e umbanda, joga capoeira há treze anos
e desenvolve projeto de pesquisa sobre essa prática na capital paulista.
II - Sobre as
ilustrações :
As
lindas ilustrações de Alexandre Keto, artista urbano conhecido na periferia de
São Paulo, com trabalho reconhecido na França e na Bélgica e educador social no
Senegal, são lúdicas e dinâmicas, e harmonizam-se com a linguagem proposta por
Erika Balbino, refletindo força e a riqueza do
imaginário plural brasileiro.
Alexandre Keto
Nascido na capital paulista, seus primeiros contatos
com a cultura Hip Hop ocorreram em oficinas que aconteciam no bairro em que
morava. Logo virou um multiplicador e passou a espalhar a cultura Hip Hop por
diversos guetos mundo afora por meio de projetos sociais. Usa o trabalho
artístico como uma ferramenta de transformação social, principalmente em países
africanos, onde desenvolve projetos comunitários e de intercâmbio.
III – Sobre o CD :
Encartado
na obra há ainda um CD com a narração da história pela própria autora e cantos
de capoeira e pontos de Umbanda, com a participação do percussionista Dalua, da
cantora Silvia Maria, Rodrigo Sá, além dos Mestres Catitu, Jamaica, e
Caranguejo, grandes nomes da cultura popular, esse último tendo exercido a profissão de Mestre de Capoeira por
quase 20 anos na Fundação Casa. No final do livro há um glossário contendo
todos os termos utilizados no livro que possam ser desconhecidos do público em geral. Além disso, a contra capa do livro conta com um QR
Code que pode ser acessado por qualquer smartphone e permite ouvir a
todas as músicas do CD.
IV –
Comentários :
No
prefácio, o professor de Jornalismo da USP, coordenador do
CELACC (Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação) e
membro do NEINB (Núcleo de Pesquisas e Estudos Interdisciplinares sobre o Negro
Brasileiro) Dennis de Oliveira, traça uma analogia da invisibilidade da cultura
negra com a brincadeira de esconde-esconde, afirmando que é necessário retirar
a venda do preconceito dos olhos – que nos impede de ver o outro - para
descobrir o que está escondido ao nosso redor.
Segundo a
autora, apesar de estar presente em momentos históricos importantes, a capoeira
tem seu reconhecimento só no papel, assim como várias políticas públicas em
favor da cultura afrobrasileira e periférica.
“A capoeira foi declarada Patrimônio Cultural do País em 2008, e
ainda hoje, está mais presente nas escolas particulares do que nas públicas,
exceto naquelas que abrem espaço para programas sociais de final de semana, e
nas quais o profissional da capoeira não é remunerado”, afirma.
Combatendo
esse paradigma, a publicação introduz uma série de elementos dessa cultura para
o público infanto-juvenil.
“A cultura
afro-brasileira ainda é invisível. Seu ensino foi aprovado por lei (Lei
10.639/030 em 2003), mas permanecemos no campo do aprendizado da cultura
europeia, replicando valores já tão ultrapassados. Continuamos no campo do
folclore, como se o negro e até mesmo o índio fossem objeto de uma vitrine,
utilizada para fazer figuração em momentos oportunos. A literatura pode nos
libertar dessas amarras e acredito que esta seja minha pequena contribuição”,
conclui Erika.
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